O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) compromete o desenvolvimento neurológico de indivíduos logo na infância. A manifestação de seus sintomas ocorre de forma precoce (geralmente antes dos três anos de idade) e varia em graus de severidade, geralmente envolvendo a presença de comportamentos, atividades e interesses restritos e estereotipados, e ainda, déficits na comunicação e interação social, que podem permanecer ao longo da vida.
Com os avanços na saúde e o aumento da expectativa de vida houve um aumento na longevidade das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Muitos pessoas autistas chegam à idade adulta e à velhice, porém os estudos demonstram que as mesmas ao atingirem a idade adulta não alcançam os mesmos níveis de independência, autonomia, educação, trabalho e relacionamentos interpessoais, em comparação às pessoas sem este diagnóstico. Tal fato pode levar pessoas idosas com TEA ao isolamento ou dependência de amigos e familiares para sobreviverem.
Pessoas com autismo na velhice fazem parte de um grupo de maior risco para outras comorbidades, como as demências.
A falta de informação e os preconceitos acerca do transtorno pode fazer com que vários idosos chegassem à fase da velhice sem o diagnóstico correto e isso pode impossibilitar o tratamento adequado ao longo da vida. Indivíduos assim são mais vulneráveis, pois além das características da TEA, estão expostos às alterações do processo natural de envelhecimento e aos impactos na saúde mental e física.
Precisamos, enquanto sociedade, reconhecer a existência e as necessidades de pessoas mais velhas com autismo. Isso passa pela atenção dos profissionais de saúde e por uma política governamental guiada ao desenvolvimento de cuidados específicos, para que estas pessoas tenham respeito e qualidade de vida.
Ficou com dúvida sobre o tema? Mande sua pergunta para gente.
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