Com o envelhecimento e o acúmulo das doenças crônicas, é comum que os idosos tomem quatro ou mais medicamentos de uso contínuo, o que é conhecido como polifarmácia. Alguns cuidados importantes são:
- Organizar a lista de medicamentos, de preferência por escrito e deixando-a em local de fácil acesso. Aplicativos também já ajudam nisso atualmente. Muitas vezes, as embalagens e comprimidos são parecidos e os nomes também podem ser confundidos. Esta lista também ajuda quando precisar ser atendido fora de seu local de costume e precisar informar aos profissionais de saúde de quais medicações está fazendo uso.
- Entender com o médico exatamente de que maneira cada medicamento precisa ser ingerido – se com água, após a refeição ou em jejum, por exemplo. Isso faz diferença no benefício da medicação para o organismo, pois cada um é absorvido pelo corpo de determinada maneira. Esses critérios precisam ser bem observados para que o uso tenha o efeito esperado.
- Programar-se para tomar os medicamentos nos horários corretos para que a adesão seja boa e as doenças ou condições de saúde fiquem controladas. Alarmes e despertadores podem ser bastante úteis para que esses horários sejam respeitados, pois a nossa noção de tempo costuma ser bastante variável durante o dia. Estabelecer uma rotina que envolva o uso dos medicamentos pode ser bem positivo também, assim como ter atenção plena no momento de ingeri-los, evitando esquecimento ou mesmo tomar duas vezes.
- Ter cautela com a reposição dos medicamentos, sem deixar a compra para a última hora, evitando se deparar com a cartela ou caixa vazia na hora de tomar a medicação. Igualmente importante é o planejamento financeiro para que os medicamentos sejam adquiridos da maneira mais conveniente – onde são oferecidos mais descontos, por exemplo – para que essa despesa esteja assegurada no orçamento.
- Por ser uma tarefa de longo prazo, repetitiva e que às vezes pode levar a um desgaste ou falhas no uso correto, é importante ter alguém que possa ajudar nessa supervisão, seja um familiar ou uma pessoa próxima que possa oferecer esse auxílio.
- O paciente idoso não deve ter dúvidas sobre para que são as medicações, para que elas servem, seus possíveis efeitos colaterais e a importância de tomar nas dosagens e horários prescritos. Em caso de qualquer incômodo, portanto, é necessário conversar com o médico, antes de alterar ou interromper o tratamento, sobre eventuais ajustes, trocas. O médico pode orientar também sobre como agir em caso de esquecimento de uma dose em determinado horário, por exemplo.
- Podem existir pessoas que são acostumadas a tomar certas medicações e, mesmo o médico explicando que não são mais necessárias, têm receio de ficar sem elas. Pode haver casos, ainda, de diferentes médicos que prescrevem medicamentos sem saber ou sem se atentar a outras medicações de que a pessoa já faz uso.
Diante dessas situações, o idoso deve buscar uma relação de confiança com um médico que olhe para o seu quadro de saúde completo, possa tirar suas dúvidas, acompanhar de perto as mudanças que venham a ocorrer e, assim, juntos, possam tomar decisões que façam sentido do ponto de vista clínico e científico e também no dia a dia da pessoa.
Imagem: Freepik
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