As blue zones batizadas pelo astrofísico belga Michel Poulain e pelo médico italiano Gianni Pes, conhecidas como “áreas azuis", são locais onde os idosos ultrapassam os 100 anos e chegam a viver 10 anos a mais do que a maioria dos países.
São representadas por 5 lugares no mundo: Loma Linda (Califórnia), Nicoya (Costa Rica), Sardenha (Itália), Icária (Grécia) e Okinawa (Japão). Essas cinco pequenas regiões, com pouco sinal de wi-fi e longe de estarem em seus últimos dias, provam que velhos e bons costumes ainda são o melhor remédio para uma vida senão mais feliz, muito mais duradoura.
Mas o que essas blue zones têm em comum?
As blue zones são definidas através de 4 categorias:
1. Movimento. Estão sempre em movimento, são pessoas ativas, movimentam-se muito durante o dia. Não necessariamente fazem exercícios físicos programados, mas andam muito a pé, cuidam do jardim, aram a terra, arrumam a casa, enfim, executam atividades que exigem um mínimo de movimento, mas de forma constante.
2. Perspectiva certa. Todos têm um propósito de vida, os moradores todas as manhãs têm um ‘projeto’, como uma lista de afazeres. De acordo com Gianni, especializado em geriatria, ter um propósito de vida, encontrar e saber o que te motiva a acordar todas as manhã, já os tornam mais saudáveis, felizes e com sete anos de expectativa de vida extra. O que os okinawanos chamam de ‘ikigai’ e os nicoyanos de ‘plan de vida’.
3. Comer conscientemente com sabedoria. A alimentação é essencial para a saúde e valorizada pelos moradores das ilhas, mas não existe dieta calculada, restrição ou os fast food da moda. Eles comem pouco à noite e o suficiente durante o dia para se sentirem leves - seguem a regra dos 80%, não comem até “ficar cheios” param de comer quando o estômago está a 80% de sua capacidade e não se alimentam por ansiedade, para descontar frustrações ou só porque a comida está lá.
Em geral, comem a última refeição no final da tarde e no prato, existe uma combinação rica em vegetais, grãos, sementes, quase nada de carne, seja vermelha ou branca e fazem um prato pobre em açúcar e ultraprocessados. Se alimentam com as frutas e verduras da época e de hortas cultivadas em casa ou por amigos agricultores, além disso, tomam uma taça de vinho ao dia, sempre acompanhado de amigos e boas companhias.
4. Conexão. As amizades são outro fator-chave para a longevidade deles, que mantêm laços estreitos com vizinhos e familiares, levando a sério o senso de comunidade e pertencimento. Possuem ‘rituais’ antiestresse: tiram um momento do dia, todos os dias, para relaxar e diminuir o estresse. Leem livros, conversam sobre antepassados, meditam, ouvem música e fazem orações com o costume de rezar mais pelos outros do que por eles, sem distinção de cor, credo, raça ou religião.
O diferencial dessas regiões é que as pessoas vivem com ótimas condições de saúde até o final de suas vidas e têm pouco tempo de doença até falecerem.
Seus moradores “azuis” são inspiradores, pois contam com originalidade, simplicidade e não existe sobrecarga de ambição capital tendo como resultado a troca, a divisão, a soma e o diálogo.
E aí? Topa seguir essas dicas?
Cuide-se bem!
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