O artigo internacional, intitulado “A systematic review of longitudinal risk factors for loneliness in older adults” e traduzido como “Uma revisão sistemática dos fatores de risco longitudinais para solidão em adultos idosos” foi publicado este ano na revista Aging & Mental Health.
O estudo teve como objetivo identificar os fatores de risco mais importantes para a solidão em idosos. Os autores avaliaram 34 estudos de acordo com os critérios de inclusão definidos para a revisão sistemática. Nos artigos selecionados foram identificados 120 diferentes fatores de risco para a solidão.
A solidão foi definida pelos pesquisadores como a diferença entre o número de relacionamentos, frequência de contato ou a intimidade ou qualidade dos relacionamentos que queremos e os que realmente conquistamos. Também apresentou duas dimensões de solidão: emocional e social. A solidão emocional se refere à ausência de um apego ou relação mais próxima, enquanto a solidão social se refere à ausência de uma rede de suporte social.
É importante, também entender, que todo mundo experimenta a solidão de vez em quando. Mas ela é preocupante quando começa a se transformar em um sentimento constante. Ao longo da vida, é comum que o círculo de amigos diminua ou seja substituído e é fundamental que você faça a manutenção ativa desse grupo de relacionamentos. Vale cultivar de forma positiva as suas relações sociais mesmo que seu círculo de amigos, colegas e familiares seja pequeno para ter um bem-estar no futuro.
O sentimento de isolamento surge a partir de mudanças esperadas ou não e podem ser impactantes. Por exemplo, a aposentadoria, e/ou morte de um ente querido. Os motivos podem variar também de acordo com as condições sociais, como baixa renda, gênero, raça e falta de acesso a transporte e saúde, por exemplo.
O estudo apontou que os principais fatores de risco para conviver com a solidão na fase da velhice estão associados com:
• falta ou perda de companheiro(a)
• baixa participação em atividades sociais
• rede de suporte social limitada
• sintomas depressivos
• pior auto avaliação de saúde.
Os autores concluem que os fatores modificáveis identificados, como por exemplo a forma como lidamos com o luto pela perda do(a) companheiro(a) e a identificação de sintomas depressivos devem ser alvo de intervenções, uma vez que a solidão pode acarretar a piora da saúde e da qualidade de vida da população idosa.
A participação social deve ser sempre estimulada, em especial quando a pessoa idosa apresenta uma rede de suporte limitada.
Como exemplos, envolvimento em atividades religiosas e voluntárias, prática de atividade física em grupo, entre outras. Mesmo que a distância, podem ajudar na criação e no fortalecimento de vínculos e combater a solidão na velhice.
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