A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu velhice como doença na nova edição de classificação Internacional de Doenças (CID 11), prevista para entrar em vigor a partir de janeiro de 2022, ou seja, incluiu a velhice na lista de doenças relacionadas à saúde.
Transformar velhice em doença causa muitas implicações e especialistas em envelhecimento temem que a decisão sirva para encobrir os reais problemas de saúde para os idosos. É importante compreender que viver significa envelhecer um pouco a cada dia e a velhice é uma fase do ciclo da vida assim como a infância, a adolescência e a maturidade.
A velhice não é doença e sim um processo natural que acarreta mudanças no organismo do indivíduo, levando a uma diminuição progressiva da reserva funcional do nosso organismo. Cada um envelhece a seu modo, dependendo de variáveis como o sexo, origem, lugar em que vive, experiências vivenciadas entre outros fatores biopsicossociais que contribuem para determinar a qualidade do envelhecimento.
O especialista Alexandre Kalache, argumenta que esta decisão representa um preconceito e aponta: “Vou morrer velho, pois já sou velho, mas não vai ser de velhice, eu vou morrer de uma doença que tem nome e sobrenome.”
O aumento progressivo da expectativa de vida é uma das provas que é possível envelhecer de forma saudável, por vezes ser portador de doenças, mas nem sempre estar ou se sentir doente.
Velhice não é doença! Você concorda?
Fontes:
https://www1.folha.uol.com.br/folha-100-anos/2020/08/queremos-morrer-velhos-mas-nao-de-velhice.shtml
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